Hoje é aniversário de 177 anos da fotografia. Aproveitamos a data, também, para homenagear todo os fotógrafos parceiros que trabalham conosco na Casa GR! O belo através da fotografia, o instante registrado, que nos encanta, embeleza nossas casas, e provoca tantas sensações através das lembranças de tudo aquilo que vivemos. Neste dia, aproveitamos e trazemos em nosso Blog uma matéria sobre a Agência Magnum, criada em 1947 por ninguém menos que Robert Capa (o nome veio de uma marca de champanhe que o Robert Capa adorava), Henri Cartier-Bresson, David “Chim”, George Rodge e William Vandivert. Ela funcionava como uma cooperativa de fotógrafos, dava mais poder de negociação aos participantes junto a grandes clientes, como grandes jornais e revistas da época. Além disso, eles pegavam trabalhos e dividiam entre si, se ajudando e colaborando pra que suas fotos fossem valorizadas em conjunto: ao invés de um fotógrafo pegar um trabalho, a Agência pegava o trabalho, e os melhores fotógrafos pra cada missão eram escolhidos, gerando assim as melhores fotos sobre cada assunto em cada lugar do mundo.
A criação da Magnum foi uma revolução. Numa época onde a fotografia era a responsável por fazer todo mundo ver o que acontecia fora da sua cidade, através de matérias fotojornalísticas, ter um grupo de fotógrafos conhecidos negociando o valor das suas fotos e, mais do que isso, gerenciando quem faria as fotos, e como elas seriam feitas, sacudiu o mercado, e acabou gerando o nascimento de outras agências do tipo.
Com o passar do tempo a Magnum foi juntando mais e mais profissionais, como Ansel Adams, Eve Arnold, Elliot Erwitt, Josef Koudelka, Dorothea Lange, e mais uma centena de nomes que chegam até hoje com Sebastião Salgado, Steve McCurry, Martin Parr, Alex Webb e dezenas de outras feras. A história da agência se mistura a história de seus fotógrafos, e vice-versa. Cada fotógrafo que fez parte da Magnum deixou sua marca na organização, assim como ela marcou a carreira de todos que passaram por lá. Até hoje o privilégio de pertencer a essa nata de artistas é dada a poucos. Os processos de seleção foram, desde a fundação, bastante pesados e o número de vagas bastante restritas.
Mas é claro que nem tudo são flores. Desde a fundação essas figuras sempre estiveram em conflito. Conta-se por exemplo que Cartier-Bresson foi colocado como sócio-fundador por seus amigos enquanto estava viajando, sem nem ter sido consultado. Sebastião Salgado abandonou o grupo em 1994 bastante descontente com a gestão da agência etc.
Hoje a Magnum ainda existe, firme e forte. Mas como a importância da fotografia mudou muito desde aquela época, hoje a Magnum já não vive tanto de fotojornalismo, e sim de arte, direitos autorais das fotos de seus associados, e venda de produtos. Estudar a vida da Magnum é estudar a história da fotografia. Acompanhar seus fotógrafos é acompanhar o que há de melhor na fotografia mundial. Conhecer as fofocas e histórias dos barracos que rolam, e rolaram, dentro da agência é diversão sem igual. Sigam as feras, acompanhem suas fotos, ouçam as histórias, e vivam a fotografia.
Fonte adaptada: Queimando Filme.






